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METRÓPOLIS
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METRÓPOLIS
(Metropolis, Alemanha, 1927)
Direção: Fritz Lang
Roteiro: Fritz Lang e Thea von Harbou
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Sinopse: Em 2026, a população está dividida em duas classes: a elite dominante e a classe operária, que vive num mundo subterrâneo, escravizadas pelas monstruosas máquinas que fazem funcionar a todo vapor a cidade. Uma revolução operária é planejada, mas sempre impedida pela líder Maria. O chefe da cidade pede a um cientista maligno que construa um robô à imagem e semelhança dela, para que possa incitar os trabalhadores à revolta. Ficção Científica / Drama / Fantasia / Romance / Expressionismo Alemão / Surrealismo / Cult Movie, 147 minutos, Preto e Branco, Mudo.
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O Expressionismo alemão alcança a sua maestria máxima neste filme, que é, sem dúvida, um dos melhores, senão o melhor, filme realizado pelo mestre vienense-alemão, Fritz Lang. Este filme se tornou referência obrigatória aos filmes posteriores sobre ficção científica que utilizaram o tema da história sendo situada num futuro indeterminado. Neste, é um futuro negro, onde os pobres são explorados ao máximo para o benefício dos ricos. Embora Hitler tenha gostado do filme e tenha mandado convidá-lo para dirigir os filmes sobre o socialismo alemão, na verdade, o filme é uma crítica sobre a sociedade e a política da Alemanha da época.
Nem Steven Spielberg, nem George Lucas, nem Stanley Kubrick, ou qualquer outro diretor de sua época ou posterior, conseguiu se igualar em genialidade ao de Lang, numa obra portentosa como esta.
Poder-se-ia dizer, com toda convicção, que se trata de uma obra de arte única, com sua esplendorosa beleza técnica (sem contar a soberba atuação de Brigitte Helm), com uma trama complexa e ao mesmo tempo simples e com uma mensagem subliminar do diretor falando do apocalypse que se aproxima da vida social e política alemã. Um visionário que viu o “ovo da serpente” germinar e previu a sua destruição. Um clássico absoluto que nenhum cinéfilo que se preze pode morrer sem assisti-lo.
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